A construção identitária da mulher negra na voz autobiográfica de Maya Angelou em Eu sei por que o pássaro canta na gaiola

Abstract

Este trabalho tem como objetivo examinar como a personagem Maya vivencia e expressa em sua realidade as opressões estruturais. Através da obra autobiográfica I know why the caged bird sings de Maya Angelou, pretendemos refletir sobre a voz que emerge na escrita literária de si, levando em consideração a perspectiva da autora, suas experiências individuais e coletivas, e como essa voz contribui para o empoderamento e a conscientização dentro do contexto de luta e resistência das mulheres negras. Posteriormente, conduzimos uma análise que explora como as autoras, por meio de suas obras, abordam temas ligados às identidades, ao empoderamento, às lutas e resistências das mulheres negras. Historicamente, as mulheres negras foram sistematicamente excluídas das normas impostas pelo sistema patriarcal. Portanto, o esforço para trazer à luz textos literários criados por mulheres negras desempenha um papel fundamental na desconstrução do discurso dominante e no reconhecimento das capacidades e potencialidades das mulheres negras. Como metodologia para a escrita, realizamos pesquisa bibliográfica, a partir de diferentes autoras como: Zora Neale Hurston (1891-1960), Toni Morisson (1987), Alice Walker (1975), e Angela Davis (2016). Em suma, este trabalho buscou analisar o papel crucial da literatura como uma forma de luta e resistência para as mulheres negras, com foco na obra autobiográfica I Know Why the Caged Bird Sings. Palavras chave: Maya Angelou, autobiografia, literatura afro-americana, feminismo negro.