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Las cosas que perdimos en el fuego (2016) da autora argentina Mariana Enríquez apresenta
uma cadeia narrativa à luz do terror como um subterfúgio para destacar questões sociais
importante, semelhante à violência de género, aos distúrbios psicológicos, ao drama da
solidão, violência policial, entre outros. É composto por 12 histórias e a última tem o
mesmo nome do livro. O emaranhado de “As coisas que perdemos no incêndio” expõe a luta
de um grupo de mulheres sofridas, abusadas e cansadas pela onda de feminicídios, que
Ele se expandiu por todo o mundo desde o início da história humana. Essas mulheres assumem
decisão de se tornarem senhores de suas vontades e resolverem enfrentar os desafios da violência
gênero de forma brutal, assustadora e marcada pelo terror. A trama aprofunda temas
relevantes, como a biopolítica dos corpos bonitos, a objetificação das mulheres, a
feminicídios e, por fim, o suposto empoderamento das mulheres nessas circunstâncias.
Neste cenário, interessa-nos descobrir as causas que levaram as mulheres a se queimarem no
emaranhado. Nesse sentido, apontamos a seguinte questão de pesquisa: Por que razão o
“mulheres ardentes” se automutilam nesta história de Mariana Enriquez?” Dado o exposto,
Definimos como objetivo geral, descrever e analisar o horror da violência doméstica no
conto “Las cosas que perdimos en el fuego.” Como objetivos específicos, definimos: (a)
investigam o simbolismo da fogueira e sua relação com o feminicídio em “Las cosas que perdimos en el fuego”; (b) analisar o horror da violência doméstica e os traumas do
personagens femininas com o intuito de esclarecer o motivo da automutilação; (c) investigar o
solução que as “mulheres ardentes” alcançaram contra os abusos sofridos diariamente pelos
homens; (d) avaliar como as mulheres são vistas neste contexto de violação e o que
O pensamento resulta das ações praticadas por eles. Nos capítulos deste trabalho,
explore conceitos alinhados com o conteúdo da história: primeiro, comece com
reflexões históricas sobre o feminicídio levando a reflexões sobre o feminismo e
crítica literária feminista. Depois, a Nova Narrativa Argentina e a
literatura pós-autônoma. O terceiro capítulo apresenta a biografia de Mariana Enriquez e
continua com a análise da história com ênfase em responder ao objetivo geral deste estudo, que é descrever e analisar o horror da violência doméstica na história “As coisas que perdemos”.
no fogo". Os principais teóricos aqui referenciados são: Michael Foucault (2021) sobre
o poder e o corpo; Simone de Beauvoir (1949) com seu livro O Segundo Sexo; Camelo (2022)
que discute as ondas do feminismo; Josefina Ludmer (2009) que fala sobre literatura
pós-autônoma, entre outros. Em suma, percebe-se que a história discute o feminicídio e
automutilação feminina desencadeada por mulheres que queimam seus próprios corpos como
maneira de se livrar da violência praticada por homens possessivos. |
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