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A língua é um fenômeno dinâmico e multifacetado, profundamente entrelaçado com nossas práticas comunicativas cotidianas. Contudo, o desafio reside em equilibrar a norma padrão com a valorização das variações linguísticas, evitando que estereótipos, exclusões ou preconceitos se perpetuem. Diante disso, esta pesquisa objetiva investigar de que forma as variações linguísticas se manifestam no livro didático de inglês “English Vibes for Brazilian Learners”, escolhido por ser um livro em vigor atualmente, amplamente utilizado pelo país. A metodologia deste estudo consiste em uma pesquisa documental com abordagem qualitativa-interpretativista, de caráter exploratório e natureza aplicada. Para tanto, utilizamos como aporte teórico as contribuições de autores, como Saussure (2012), Bakhtin (1981; 1986), Bagno (2007; 2009), Lippi-Green (2012), McKay e Hornberger (1996), Fuller e Wardhaugh (2015), além de documentos educacionais, como a BNCC (Brasil, 2018), entre outros. Os resultados indicam que, embora o livro didático aborde variações linguísticas, ele se limita às variantes de prestígio, como a estadunidense, SAE, e a britânica, RP, oferecendo poucas orientações aos professores e com pouca aplicabilidade prática. Isso destaca a necessidade de que os materiais didáticos forneçam maior suporte aos professores, incluindo discussões que incentivem abordagens mais práticas e interculturais da língua. Dessa forma, o livro também restringe a percepção do inglês como uma língua global, viva e adaptável, reduzindo-o a estruturas gramaticais, como abreviações e contrações. |
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