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Este trabalho teve por finalidade identificar as principais transformações ocorridas no trabalho
do jornalista da inserção do computador e da internet nas redações e como esta característica
se manifesta nas rotinas de trabalho e no perfil do trabalhador em Campina Grande. Partimos
do entendimento de que o jornalismo, enquanto organização, está intimamente ligado ao
desenvolvimento do capitalismo. Nossa pesquisa, que toma como metodologia a História
Oral, dá ênfase as experiências vivenciadas por cinco jornalistas entrevistados, buscando
identificar as principais transformações pelas quais passaram a partir da introdução de tais
tecnologias em suas rotinas de trabalho. Como aporte teórico tomamos como norte estudiosos
como Harvey (1992), Ekbia (2014), Sennett (2009), Antunes (2018) e Barbosa Júnior (2019).
Como resultados, identificamos a figura de um profissional multifacetado, capaz de executar
com aptidão as mais diversas funções, desde a elaboração de pautas, até a edição e finalização
de vídeos, passando a exercer um sistema de rotatividade de tarefas, em uma rotina produtiva
ainda mais acelerada onde os jornalistas se submetem, muitas vezes, a condições de
precarização de trabalho, em busca de cumprir a demanda exigida pela empresa, o que pode
levar ao desgaste físico e emocional, além da queda na qualidade do conteúdo que está sendo
produzido. |
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