Resumo:
Introdução: A Enfermagem Forense, oficialmente reconhecida no Brasil desde 2011,
integra os saberes da enfermagem com as ciências forenses, capacitando os
profissionais para atuarem em situações que envolvem violência, abuso e crimes, tanto
no atendimento às vítimas quanto na coleta e preservação de provas. Mesmo relevante,
ainda é pouco explorada durante a graduação. Objetivo: Identificar possíveis lacunas e
propor estratégias que contribuam para uma formação mais completa. Metodologia:
Trata-se de um estudo com delineamento transversal analítico, realizado com uma
amostra de 77 estudantes regularmente matriculados entre o 6º e o 10º período do
curso de Enfermagem da UEPB. A coleta de dados foi feita por meio de um
questionário eletrônico estruturado, baseado na Resolução COFEN nº 556/2017,
abordando perfil sociodemográfico, contato prévio com a área, interesse na temática e
questões específicas sobre competências e atribuições da Enfermagem Forense. Os
dados foram organizados no Microsoft Excel e analisados com software SPSS,
utilizando testes de associação entre variáveis. A coleta foi iniciada após apreciação e
aprovação do comitê de ética e pesquisa da UFAL sob parecer nº 7.168.428.
Resultados: Participaram do estudo 77 estudantes de Enfermagem, sendo a amostra
composta, em sua maior parte, por mulheres (93,50%) com idade entre 21 e 25 anos,
cursando a primeira graduação (98,70%), não trabalham (80,50%) e com renda familiar
abaixo de 3 salários mínimos (64,90%). Observou-se que a maioria não teve acesso à
disciplina de Enfermagem Forense durante a graduação e não participou de atividades
extracurriculares relacionadas à temática. Porém, demonstraram interesse em conhecer
mais sobre a área. A respeito do desempenho nas questões específicas sobre
competências e atuação do enfermeiro forense, os resultados foram, na maioria,
insatisfatórios, indicando um conhecimento limitado por parte dos discentes.
Conclusão: Os resultados evidenciam uma lacuna significativa na formação dos
discentes quanto à Enfermagem Forense. Ainda que exista interesse, o conhecimento
técnico é limitado, o que reforça a necessidade de inserir esse conteúdo na matriz
curricular dos cursos de Enfermagem, contribuindo para uma formação mais completa,
crítica e sensível às demandas sociais.
Descrição:
CORDEIRO, Débora Gabrielle Farias. Análise do conhecimento de discentes referente às competências e habilidades da enfermagem forense. 2025. 36 p. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Enfermagem) - Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2025.