Resumo:
A busca pela garantia de direitos é uma constante do povo brasileiro. Apesar de a
Constituição Federal garantir em seu texto o acesso da população aos direitos
sociais. Em especial, neste estudo à saúde, o que se verifica constantemente é a
necessidade de intervenção do Poder Judiciário para a efetivação das obrigações do
poder Executivo em relação à população. O objetivo geral deste estudo é analisar a
judicialização da saúde como forma de garantia de direito do indivíduo ao acesso a
tratamentos e medicamentos que não constam da lista da ANVISA para serem
ofertados à população pelo SUS. Levando em consideração o impacto de altos gastos
com medicamentos e tratamentos que não fazem parte do orçamento público. Foi
utilizado como metodologia a pesquisa bibliográfica, exploratória, descritiva,
qualitativa, aliada ao estudo de caso ocorrido na Comarca de Prata –PB. Conclui-se
que a realidade brasileira ainda é distante dos ideais de igualdade e garantia de
direitos estipulados na constituição Federal. Uma vez que por omissão do Poder
Executivo, as pessoas necessitam ingressar em juízo para garantirem seus direitos.
Fator este que acaba dificultando o acesso do indivíduo ao tratamento de saúde
necessário em virtude da demora da efetivação das determinações judiciais. Assim, a
população acaba sendo o lado fraco da relação, uma vez que a demora no
atendimento de suas necessidades acarreta em muitos casos a morte do indivíduo
que não recebeu o tratamento adequado e necessário para o restabelecimento de sua
saúde. Ferindo, assim, o princípio da manutenção da dignidade humana do indivíduo.
Descrição:
NUNES, Francisco de Assis. Judicialização da saúde. 2014. 37f. Monografia (Especialização em Prática Judiciária)- Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2014.