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Este trabalho tem como objetivo analisar como a concepção de loucura foi sendo modificada ao longo das épocas. Primeiro, há uma história geral da loucura, desde a Grécia até a modernidade, sempre ressaltando a diferença entre as maneiras de ver e dizer o louco. Em seguida, tem-se uma história da Psiquiatria no Brasil, que coincide com a moderna concepção de loucura como “doença mental” e, no final, fizemos um estudo local sobre a loucura na cidade de Picuí-Pb, a partir segunda década do século XX. Neste caso, a ênfase recai sobre dois personagens curiosos da cidade: Rapsa e Chico Barroso, que possuem histórias de vida muito diferentes, mas ambas marcadas pelo emblema da loucura. Para traçarmos o perfil desses sujeitos, fizemos uso da história oral. Para dar suporte a esta História da loucura e da Psiquiatria, recorreu-se a uma bibliografia inspirada nas teses de Michel Foucault, nas obras de Jurandir Costa Freire (1944) e Vera Portocarrero (2002), além de outros documentos bibliográficos, literários e cinematográficos. Por fim, fizemos uma leitura de códigos criados para atribuir à loucura certas atitudes, interpretadas como “anormais”, e como eles serviram, muitas vezes, para controlar as ações indesejadas de sujeitos que rompiam os padrões vigentes da época. |
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