Resumo:
Este artigo tem como objetivo analisar as representações da loucura nos contos ―Santana
Quemo-Quemo‖ e ―Quando meu pai voltou‖, presentes no livro Cine Privê do contista
sergipano Antonio Carlos Viana. Como qualquer fenômeno humano, a loucura é construída
sócio-historicamente. Sendo assim, em sua nomeação, definição e compreensão estão
alinhados elementos do contexto histórico e social de cada época. Na Literatura, as
representações da loucura são clivadas pelas diferentes relações sociais estabelecidas com a
mesma em momentos históricos distintos. Nos contos analisados neste trabalho, a loucura é
constituinte de cenários marcados pela pobreza e miséria social. Os loucos de Viana
denunciam uma trama social conflituosa em que a lógica de inclusão perversa do Estado atua
tanto na produção da loucura quanto em processos de mortificação resultantes do tratamento
marcado pela repressão e violência. Para tanto, recorremos aos pressupostos teóricos de
Foucault (2005), com a análise da loucura enquanto produção histórico-social; Maria (2005) e
suas contribuições no que se refere à análise histórica da loucura na Literatura brasileira; e aos
pressupostos teóricos da Psicologia Social Crítica para fundamentar este trabalho.
Descrição:
ANDRADE, L. de A. Representação da loucura em Antonio Carlos Viana. 2016. 31f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Letras - com habilitação em Língua Português) - Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2016.