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Este trabalho tem como objetivo central analisar algumas nuances sobre a violência sexual contra a
mulher, a partir dos aspectos culturais e dos consequentes reflexos deixados pelo patriarcalismo na
sociedade contemporânea. Ademais, este artigo busca também verificar o papel da mídia e das redes
sociais na divulgação dos crimes sexuais contra a mulher, bem como discutir as influências
culturais patriarcalistas e midiáticas na sociedade atual, observando o caso do estupro coletivo
ocorrido na cidade do Rio de Janeiro, neste ano. Para a consecução dos objetivos propostos,
utilizou-se a perspectiva metodológica descritiva-analítica, com levantamentos bibliográficos em
legislações, doutrinas e livros das áreas jurídica, sociológica, antropológica e demais relacionadas
ao tema, assim como foram feitas pesquisas na internet, tendo como técnica a observação
sistemática textual. Este artigo tem sua justificativa no sentido de auxiliar para uma adequada
compreensão acerca do crime de estupro no Brasil, observando os reflexos sociais presentes em
nossa sociedade, como a cultura do estupro, caracterizada por ser uma ideologia extremamente
patriarcal e que, de certo modo, visa culpabilizar as vítimas pela violência sofrida. Conclui-se que a
mídia atual trata as suas notícias como uma mercadoria, divulgando fatos de acordo com sua
conveniência e interesse, deixando a descrição fiel dos acontecimentos em segundo plano. Também
foi concluído que a cultura patriarcalista ainda permanece imbricada no seio da sociedade brasileira,
sendo notadamente visível a partir de práticas institucionais e por meio das redes sociais e
midiáticas. |
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