Resumo:
Conceber uma língua natural como um sistema complexo de relações circunscrito na
sociedade é se revestir de uma percepção calcada na heterogeneidade inerente ao
contexto de produção do material linguístico e o contexto sociocultural envolvidos
nesse sistema. Disso decorre que, toda e qualquer concepção erigida acerca de uma
língua natural como um sistema deve levar em consideração todo o dinamismo
envolvido nos polos língua e sociedade. Nesse viés, é matéria de responsabilidade da
Sociolinguística investigar sistematicamente as complexas e dinâmicas relações
estabelecidas entre língua e sociedade, e como estas podem gerar reflexos nos sujeitos
falantes de determinada língua e numa dada sociedade. Nesse ponto de vista, língua e
sociedade se correspondem diretamente uma com a outra porque se interligam num
ponto em comum, que são os falantes. É nesta linha de raciocínio que este artigo se
insere: o seu objetivo é delimitar a influência de um dialeto – conhecido como Pajubá
ou Bajubá - falado por comunidades LGBTTs no Brasil, como manifestação da
diversidade linguística. Para tanto, nos apoiamos numa pesquisa de abordagem
qualitativa com natureza bibliográfica para fundamentar a nossa pesquisa. Além disso,
buscamos bases teóricas em Bagno (2007), Bortoni-Ricardo (2004 e 2014), Cezário e
Votre (2011), Hora (2011), Luchesi (2004), entre outros, reconhecendo nesses teóricos
um valioso material científico capaz de nortear de modo consistente o entendimento do
elo entre a teoria e o material de análise.
Descrição:
MELO, R. M. dos S. A língua da nação: o dialeto Pajubá como forma de diversidade linguística. 2016. 41f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Letras - com habilitação em Língua portuguesa) - Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2016.