Resumo:
Os contos maravilhosos são conhecidos por fazer parte da infância das pessoas, em
alguns mais presentes e em outros nem tanto, talvez contados pelos pais ou avós, nos
primeiros anos da escola ou em filmes. De fato, obras como Chapeuzinho vermelho,
Cinderela, Branca de Neve e tantas outras se canonizaram nas muitas culturas por todo
mundo ocidental e permanecem até os dias de hoje muito presentes. Não é nenhuma
surpresa que a literatura infantil e juvenil possui uma grande influência na construção de
identidade das crianças e adotaram um caráter educativo para a infância, além do que,
os contos populares são frutos da mentalidade cultural de um povo em determinado
período histórico. Por suas funções educativas, sociais e culturais, os contos populares
se colocam como ferramentas indispensáveis para nós e devem ser resgatados e
mantidos no seio popular; neste sentido, os clássicos maravilhosos foram se adaptando e
se reconfigurando ao mesmo passo que as mudanças da sociedade. Com este trabalho se
pretende investigar, à luz de teóricos como Teresa Colomer, Bruno Bettelheim, Peter
Hunt, entre outros as modificações que sofreram os contos ao longo destes anos,
privilegiando a questão sobre gênero e a forma como a literatura infanto-juvenil
transmite os modelos masculinos e femininos a seu público. O estudo se elucida a partir
do conto “A bela adormecida”, desde sua primeira versão na tradição oral, chegando ao
domínio de Charles Perrault e dos Irmãos Grimm, sendo finalmente apanhado por
Antonio Rodríguez Almodóvar.
Descrição:
LOPES, M. N. La bella durmiente: las reconfiguraciones de los cuentos populares y las representaciones femeninas y masculinas en la literatura infantojuvenil. 2016. 49f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Letras - com habilitação em Língua espanhola) - Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2016.