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No Brasil, como em outros países, a ideia de que a educação integral é
fundamental a uma educação de qualidade tornou-se consensual, todavia, o
país enfrenta muitos problemas a serem superados rumo a uma educação
integral de fato e não apenas de propaganda político-partidária. Entre eles
estão a precariedade da estrutura das escolas, bem como a desvalorização da
educação e dos profissionais que nela atuam, uma vez que boa parte das
escolas públicas brasileiras não oferece nem os requisitos mínimos à
qualidade, quando comparadas a escolas de outros países como Finlândia,
Canadá, Japão e outros, cuja educação destaca-se dentre as melhores do
mundo. Para conhecer mais detidamente essa temática, este artigo objetiva
analisar como se processa a oferta de educação integral, considerando
experiências realizadas no Brasil e em outros países. O artigo resulta de
pesquisa bibliográfica, tendo como principais referências teóricas Dermeval
Saviani (2004) e Ana Cavaliere (2015), dentre outros. Parte da compreensão
de que a educação integral pressupõe ampliação do tempo escolar,
infraestrutura digna para atendimento aos estudantes e profissionais bem
qualificados e valorizados, capazes de atuar no sentido de garantir o
desenvolvimento dos sujeitos em diferentes dimensões, tais como: intelectual,
física, emocional, sociopolítica, cultural e outras. Considerando tais aspectos,
conclui-se que no Brasil nas experiências de educação integral tem
predominado a ampliação do tempo escolar e não o desenvolvimento máximo
das capacidades dos/as estudantes, como ocorre em outros países como
Cingapura e Japão, mesmo assim a carga horária ainda se mantém bastante
reduzida quando comparada a deles. Além disso, percebe-se diferenças
fundamentais com relação à infraestrutura das redes de ensino; a
investimentos (valores, decoro, exequibilidade, por exemplo); exigências com a
formação e valorização dos professores, que são fundamentais para a oferta
de educação integral e consequente garantia da qualidade. |
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