Resumo:
O presente trabalho busca analisar o impacto, para o Direito, do fenômeno da virada
tecnológica, com a crescente implementação de diversas ferramentas de Inteligência
Artificial, a fim de proporcionar uma maior celeridade e efetividade para o sistema
Judiciário brasileiro. Contudo, malgrado tais tecnologias tragam diversos benefícios,
em especial para o desempenho de tarefas de gestão processual, a implantação de
mecanismos de Inteligência Artificial apresenta grandes riscos quando se considera
a sua utilização para fins de julgamento de lides. Neste contexto, surge o seguinte
questionamento: o uso de softwares dotados de Inteligência Artificial se mostra como
ferramenta capaz de assegurar a efetivação da justiça ou se mostra como um fator
de risco ao Estado Democrático de Direito? Assim, trabalha-se com a hipótese de
que a Inteligência Artificial é um importante instrumento para fins de gerenciamento
processual, contudo, não está apta, por ora, a desempenhar as funções decisórias
exercidas pelos magistrados, vez que tal permissão violaria Direitos Constitucionais
e preceitos fundamentais da Democracia. Para o enfrentamento do tema foi utilizado
o método teórico-bibliográfico, pelo qual serão aplicados textos constantes de livros,
artigos e publicações jurídicas no geral, e abordar-se-á o tema de maneira dedutiva
e dialética.
Descrição:
CARVALHO, M. M. de. O uso da inteligência artificial no judiciário: a aplicação da ciência de dados como instrumento de eficácia na gestão de processos judiciais. 2020. 44f. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização em Prática Judicante) - Universidade Estadual da Paraíba, João Pessoa, 2020. [Monografia]