Resumo:
A prática de tradução sempre se fez presente em nossa sociedade, seja ela de uma
maneira menos teórica, como ocorreu, inicialmente, no Ocidente, a partir do
progressivo declínio do idioma grego, bem como a ascendência do cristianismo, que
proporcionou a tradução de textos bíblicos, principalmente por São Jerônimo, Cícero e
Lutero (FURLAN, 2003); ou de uma maneira mais teórica como ocorreu,
posteriormente, na Alemanha, através de Hölderlin (1965), na França, através de
Chateaubriand (1982), e na Rússia, a partir das teorias de Jakobson (1971). Por este
motivo, desde então, ostradutores buscam a ‘melhor’, ou em outras palavras, a maneira
mais adequada de se traduzir; sejam através das equivalências, como a equivalência
pragmática ou dinâmica, a partir das teorias de Nida (1969); das deformações, a partir
das teorias de Venuti (1998); das traduções hipertextuais, etnocêntrica, etc. utilizadas,
de acordo com Bassnett e Lefevere (1998), por Jerônimo e Horácio; e até mesmo a
partir da tradução cultural, de acordo com Peter Burke (2009). Com base no exposto,
este trabalho foi realizado com o intuito de analisar as traduções etnocêntrica e cultural
presentes numa animação norte-americana e investigar se estes tipos de traduções são
adequadas para este contexto, tendo em vista o gênero do filme (animação) e o público
alvo infanto-juvenil. Portanto, para desenvolvermos este estudo, tomamos como
respaldo os teóricos Antoine Berman (1985) e Venuti (1995), que discorrem e criticam
a tradução etnocêntrica, bem como Burke (2009) e Alvarez (2011) acerca da tradução
cultural e, Vermes (2003), acerca da tradução de nomes próprios e, por fim, e Jiří Levý
(2011), que, por outro lado, defende este viés teórico.
Descrição:
SILVA, W. B. Uma análise sobre as traduções etnocêntrica e cultural na animação “Os incríveis 2”: um contexto infantojuvenil, 2020. 27 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Letras Inglês).- Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2020.