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O tema desta pesquisa se desenvolve entorno do direito à educação integral, especialmente, considerada como política pública, e internalizada na cidade de Campina Grande através das Escolas Cidadãs Integrais (ECIs). Buscamos com ela contribuir com o desafio da articulação entre o espaço escolar com outros espaços e tempos, na cidade, para que possamos construir, de modo dialógico, a partir de uma composição, uma educação integral que conceba o humano
em sua multidimensionalidade (razão e emoção, corpo e consciência, ser individual e ser social). O problema-guia nessa jornada é o seguinte: as Escolas Cidadãs Integrais, ECIs, em Campina Grande-PB, em sua proposta de educação integral têm proporcionado aos seus discentes, a experiência educativa que articule ao seu direito à escolaridade o direito à uma educação cidadã voltada para a conquista e realização fática de direitos fundamentais? Em especial, o direito à memória, ao seu direito a outros tempos-espaços educativos, na cidade? Desse problema central observamos desdobrar um outro: como articular o espaço-tempo das Escolas Cidadãs Integrais a outros espaço-tempos da cidade de Campina Grande-PB para que haja a realização desses direitos inerentes à educação cidadã, integral, das nossas crianças e
adolescentes? Ou seja, esse problema geral será operacionalizado através de uma problemática inerente a cada objetivo específico de nossa pesquisa. Nossa hipótese é a de que articulando a Escola Cidadã Integral à cidade, as caminhadas, elas vinculam memória na identidade cultural dos discentes enriquecendo a concepção, nestas escolas, de educação integral. Ao mesmo tempo em que podem devolver a vida infantil, lúdica, a estes espaços na cidade. Enxergamos a cidade como espaço também educativo passível de se articular ao tempo-espaço escolar numa trama construtiva do significado próprio de educação integral. Nosso objetivo geral é o de compreender como as Escolas Cidadãs Integrais, implementadas na cidade de Campina Grande-PB, podem construir uma experiência educativa para além do espaço escolar, levando-se em conta espaços públicos da cidade, museus, praças, parques, rodoviárias, igrejas, ou o próprio bairro no qual a escola está inserida. Nessa direção, os objetivos específicos são os seguintes: (1) Analisar o quadro histórico-bibliográfico (doutrinário e legal) das propostas de educação integral adotadas pelo Brasil; (2) Dialogar criticamente com o olhar docente sobre a
importância da articulação entre a Escola Cidadã Integral e a cidade enquanto espaços educativos complementares. (3) Experimentar o centro histórico da cidade de Campina Grande-PB, juntamente com os docentes das escolas Cidadãs Integrais, através de caminhadas, para contribuir com a efetivação do seu direito à memória, ou seja, do seu direito à identidade coletiva, direito à cidade, direito a uma educação integral concebida na requalificação do tempo
e dos espaços educativos tanto da escola quanto da cidade. Quanto à metodologia adotada trabalharemos com a Análise do Discurso aplicada aos relatos concedidos pelos docentes em entrevistas realizadas nas ECIs. Para construirmos esta proposta de articulação entre a Escola Cidadã Integral e a cidade de Campina Grande-PB dialogaremos com docentes dos componentes da Área de Humanidades destas escolas. Procuramos construir nestas entrevistas um diálogo crítico-reflexivo sobre a prática docente, em especial, o olhar docente para a educação integral e sua relação com o direito à memória, direito à cidade. Quanto às técnicas a presente pesquisa é bibliográfica e quanto aos meios, ela é observacional. Ela volta-se, também para a pesquisa-ação, quanto aos fins, já que visa o aprimoramento recíproco da prática e da
teoria que está envolta no conceito de educação integral. Dentre as ECI de Campina Grande realizaremos entrevistas e desenvolveremos o plano de ação com os respectivos docentes de 3 (três) ECI, são elas: Escola Estadual Nenzinha Cunha Lima; Escola Estadual Hortênsio de Sousa Ribeiro; e, a Escola Estadual de Ensino Médio e Fundamental Profº Raúl Córdula. |
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