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Os fluxos migratórios atuais atingem, segundo diversos levantamentos, índices comparáveis aos do período da Segunda Guerra Mundial, quando houve massivo deslocamento intercontinental de pessoas refugiadas, notoriamente para a América Latina e globalmente. Agora, a região parece vivenciar o mesmo boom migratório de outrora, porém com diversas particularidades, como a que se abordará no presente trabalho, cujo enfoque consiste no estudo das vulnerabilidades recorrentes na migração infantil latino-americana no início do século XXI entre as Américas. Nesse contexto, aplica-se o método dedutivo com uma análise geral da migração infantil latino-americana e uma análise particular das violações enfrentadas pelas crianças e adolescentes migrantes. No âmbito técnico, a pesquisa teve caráter bibliográfico e documental, com análise tanto dos instrumentos normativos (normas de hard e soft law) dos sistemas de proteção dos direitos humanos, os dados da Organização das Nações Unidas, da Organização dos Estados Americanos, o Fundo das Nações Unidas para a Infância, a Organização Internacional para as Migrações, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados e pesquisas de outros setores internacionais. Ao passo que, a ótica de incapacidade e severidade em que os migrantes da América Latina são vistos e inseridos nas políticas migratórias norte-americanas ampliam o ambiente de violações incidentes nas crianças e adolescentes em movimentos migratórios. Por fim, os processos de interiorização dos migrantes, como vem desenvolvendo o Estado brasileiro, possibilitam um melhoramento no atendimento e na garantia dos direitos dos migrantes infantis mas ainda encontram persistentes violações, assim como, a acessibilidade em participar e ser ouvido das crianças e adolescentes nos processos, seja administrativo ou judicial, age na visibilidade destes como sujeitos de direitos. |
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