Resumo:
O presente artigo visa demonstrar como a aplicação do neuromarketing, conjunta a prática de mineração de dados em redes sociais, pode constituir-se como atividade abusiva e lesiva aos direitos humanos. Objetiva-se apresentar e elucidar os conceitos necessários ao entendimento da temática abordada, destacando que suas discussões ainda encontram-se restritas aos profissionais da área, sendo a própria produção acadêmica voltada à reflexão de seus usos bastante diminuta, conquanto se observe seu intenso emprego em plataformas como redes sociais, que integram o cotidiano dos cidadãos possuindo o condão de gerar grandes impactos em suas vidas, mesmo o fazendo de forma silenciosa. Nesse toar, ao longo do trabalho também será analisado o papel assumido pelas redes sociais ante uma sociedade ritmada pelo avanço de novas tecnologias, abordando como os serviços de comunicação digital transformaram tanto a forma como as interações sociais ocorrem em uma sociedade hiperconectada, quanto a visão do que constitui-se como produto, potencializando-se os meios de obtenção de lucro. Por fim, buscou-se compreender como a utilização, sem limites e sem fiscalizações, de estudos promovidos pelo área do neuromarketing, somada a práticas como captação de dados do consumidor, viola os direitos a privacidade, liberdade e dignidade do indivíduo, frisando-se a importância da observância dos direitos fundamentais perante a aplicação e criação de normas específicas voltadas a regulamentação de tais práticas.
Descrição:
CAMPOS, Beatriz Oliveira. A prática abusiva do neuromarketing nas redes sociais e a violação aos direitos humanos. 2021. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Direito) - Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2021.