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O presente artigo científico, intitulado “aplicabilidade, efetividade e fiscalização das
medidas protetivas de urgências previstas na Lei Maria da Penha”, tem como
objetivo central investigar a aplicabilidade, efetividade e fiscalização das medidas
protetivas de urgência nos casos de violência doméstica e familiar contra a mulher. A
violência cometida contra uma mulher é, inquestionavelmente, um tema de
preocupação mundial. Nesse âmbito, em 7 de agosto de 2006 foi sancionada a Lei
Maria da Penha ou Lei nº 11.340, em homenagem a Maria da Penha Maia
Fernandes que, por muitos anos, foi vítima de violência doméstica. Apesar da
revolução causada pela Lei Maria da Penha, os casos de violência doméstica bem
como os casos de feminicídio perduram em grandes índices. Assim, levanta-se o
seguinte questionamento: há efetividade e eficácia na fiscalização do cumprimento
das medidas protetivas de urgência nos casos de violência doméstica e familiar
contra a mulher? Para a realização da pesquisa foram utilizados os métodos
observacional, hipotético-dedutivo, possibilitando verificar aspectos históricos e
culturais que contribuíram para a desigualdade existente entre o homem e a mulher,
bem como para o surgimento da violência doméstica no Brasil, até a chegada da
referida Lei. Por fim, foram analisados alguns dispositivos trazidos pela mesma,
sobretudo as medidas protetivas de urgência, verificando sua aplicabilidade,
efetividade e fiscalização. A análise feita indica que, apesar do incremento do artigo
24-A na Lei Maria da Penha, percebe-se que os índices da violência contra a mulher
continuam altos. Assim, sugere-se repensar outros mecanismos de combate a
violência contra a mulher, que envolva de forma mais efetiva todos os segmentos da
sociedade, visto que só a política de encarceramento e de criação de novas
legislações não se mostram eficazes. |
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