Resumo:
Este trabalho surgiu a partir de algumas inquietações acerca do ensino de História para os anos iniciais do ensino fundamental. Dentre outras questões, buscamos compreender quais teorias da história se fizeram presentes nos documentos que orientaram o componente ao longo da história e se, na atualidade, pode-se observar nos documentos a adoção de teorias que venham a contribuir para a formação crítica dos educandos. Na busca por respostas, recorremos à abordagem qualitativa e à análise documental como procedimento metodológico, historicizando o ensino de História e as bases teóricas que sustentam esse componente. Constatou-se que a influência francesa e do positivismo marcaram presença nos currículos de História por mais de um século. Observou-se que mesmo com conquistas importantes a favor da visibilidade das culturas dos povos originários e negros na educação brasileira, ainda há um “engessamento” no componente que inviabiliza o “giro decolonial” proposto por teorias contemporâneas. . Traços positivistas ainda podem ser encontrados nos textos atuais, devido ao viés de controle social que a teoria tem. Faz-se necessário que o ensino de História nos anos iniciais do Ensino Fundamental contribua para a desconstrução de preconceitos e a desnaturalização de ideias pré-estabelecidas historicamente como verdades inquestionáveis que narram apenas uma versão da história: a dos vencedores e das elites políticas e econômicas. Portanto, ainda existe um caminho a ser percorrido, para viabilizar que o componente atinja seu potencial crítico e favorecedor da autonomia de pensamento nos documentos oficiais.
Descrição:
CASTRO, M. R. Concepções e teorias da história: influências para o ensino de história nos anos iniciais do ensino Fundamental. 2022. 58 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Pedagogia).- Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2022.