Representatividade étnico-racial em "O cabelo de Lelê" de Valéria Bélém

Abstract

Compreende-se que a educação é o maior instrumento de transformação social e, no contexto escolar precisa, com a máxima urgência, proporcionar situações de ensino aprendizagem favoráveis à construção da identidade cultural de modo geral e, em particular, à criança negra. No entanto, sabemos que o Brasil está estruturado nas relações étnico-raciais e nos conflitos de poder, e estes, por seu turno, resultam dessas relações, nas quais o preconceito e a discriminação racial têm permeado o cotidiano de adultos e de crianças afrodescendentes. Nesse sentido, ao enfocar a Literatura Infantil como um produto cultural, que tem uma importante função social, é porque reconheço-o, sobretudo, quando é o papel da Literatura Infantil sensibilizar as crianças/alunos para que elas possam criar e recriar o seu mundo de forma inventiva e imaginativa, chegando a compreender o mundo em que vive e ao mesmo tempo, compreender a si mesma. E, para isso, os educadores precisam explorar, além de outras, mas, principalmente, obras com conteúdos antirracistas, pois é muito reconfortante primar por essa orientação pedagógica e de vida. Desta forma, surge o seguinte problema de pesquisa: como ocorre a representatividade étnico-racial na literatura infanto-juvenil brasileira na obra: O cabelo de Lelê? Neste sentido, o objetivo geral desta pesquisa dar visibilidade a literatura infantil quanto ao seu papel na formação da criança leitora e a sua contribuição para a representatividade étnico racial na obra: O cabelo de Lelê, de Valéria Belém. A elaboração deste estudo foi realizada por meio de estudo bibliográfico descritivo, de natureza interpretativa e documental, baseado na obra: O cabelo de Lelê. Para isso, adotamos uma pesquisa bibliográfica de natureza qualitativa. Tendo como referencial teórico os estudos de Almeida (2018); Carine (2023); Cadermatori (2010); Cavalleiro (2014); Gomes (2018); Munduruku (2009) e outros.