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Diante da influência crescente da desinformação, das estratégias algorítmicas e de discursos
iliberais na democracia digital e nas eleições brasileiras (2018-2022), é crucial examinar o
impacto desses fatores no contexto democrático. Para isso, neste Trabalho, emprega-se uma
análise teórica, utilizando métodos científicos indutivo e comparativo, com o objetivo de
explorar os desafios da democracia digital e do processo eleitoral, esclarecendo cada conceito.
Ao examinar casos julgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nas eleições de 2018 e
2022, identificou-se padrões nas representações e ações eleitorais, além do posicionamento do
TSE sobre o conteúdo desinformacional removido das mídias sociais. Concluiu-se que a
desinformação engloba ações coordenadas para disseminar intencionalmente conteúdo
fraudulento, indo além do teor informativo. A mercantilização e manipulação do debate público
por meio das mídias sociais permitem a certos grupos controlar a opinião pública, influenciando
eleições, descredibilizando instituições democráticas, polarizando a situação política do país e
comprometendo o processo democrático. Quanto ao TSE, na eleição de 2018, enfatizou a
importância da liberdade de expressão durante o período eleitoral e na construção do Estado
Democrático de Direito. Em 2022, diante do aumento da disseminação agressiva de fake news,
especialmente no processo eleitoral, o TSE atuou preventivamente para reduzir a proliferação
de desinformações que poderiam prejudicar a convicção do eleitor. Reconheceu a possibilidade
de penalização para aqueles que usam estratégias desinformacionais para obter vantagens
eleitorais, sublinhando a importância da integridade do processo democrático. |
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