Resumo:
O racismo algorítmico é advento da mudança no ecossistema das mídias e
plataformização da comunicação, de modo geral. A priori, em face à exploração
econômico-racial que sempre enfrentamos, as intelectualidades e empoderamento
negro são violentadas com discursos de ódio e desinformação. As empresas do
ramo da tecnologia e comunicação pouco promovem a diversidade, mantendo um
padrão que fomenta ainda mais o problema. Dessa forma, questiona-se: Como
suprimir o racismo algorítmico, na medida em que é desdobramento
digital-tecnológico e está interligado em várias camadas da sociedade? O estudo
tem por objetivo central discutir como a modalidade de racismo algorítmico tem
afetado a dinâmica na sociedade. Para tanto, foram definidos os seguintes objetivos
específicos: Verificar como o reconhecimento facial pode ser menos racista e
nocivo; Analisar como as big techs são responsáveis pela problemática do racismo
algorítmico; Entender porquê discriminação algorítmica gera menos choque moral
do que discriminação “humana”; Identificar como a sociedade civil e o Poder Público
podem agir para buscar soluções visando erradicar a replicação de comportamentos
racistas nas redes sociais. Para a realização da pesquisa — caracterizada como
documental e bibliográfica — foram utilizados os métodos observacional e indutivo,
desse modo, abordando o tema com urgência e inconformismo, uma vez que o
poder legislativo até então não esboçou nenhuma medida para conter ou mudar de
algum modo os efeitos colaterais desse fenômeno. Através do presente artigo, foi
possível ponderar como segmentos sensíveis da tecnologia como processamento
de dados, privacidade e transparência estão sendo enviesadamente influenciados
pelos algoritmos. Diante desse panorama, as estruturas de Inteligência Artificial (IA)
comumente reproduzem comportamentos racistas que acabam sendo assimilados
pelos usuários, causando um grande impacto e influência na sociedade e pouca
responsabilidade social por parte de todos. Nesse estudo defende-se a necessidade
de levar o protagonismo dos bastidores do meio digital também para
desenvolvedores e profissionais racializados em geral, de modo que essa
descentralização altere o padrão imposto e replicado.
Descrição:
BARBOSA, Maxwell Guimarães. Racismo algorítmico: plataformas digitais e o desafio da diversidade by default. 2024. 22f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Direito) - Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2024.