dc.description.abstract |
O presente trabalho aborda a aposentadoria compulsória como uma medida punitiva aplicada a magistrados envolvidos em condutas ilícitas, analisando essa prática sob a perspectiva do princípio da proporcionalidade. A importância do tema se dá no contexto atual de busca por mecanismos eficazes de responsabilização dentro do judiciário, especialmente em um momento em que a moralização da justiça se torna um assunto premente na sociedade. O objetivo principal desta pesquisa é contribuir para o debate sobre a necessidade de reformulação das normas que regem a aposentadoria compulsória, questionando sua efetividade como forma de punição e seus impactos na administração pública. Para isso, foram utilizados métodos de pesquisa dedutiva, com uma abordagem bibliográfica e descritiva, permitindo um exame aprofundado das legislações pertinentes e das práticas em outros países. Os resultados da pesquisa indicam que o número de
aposentadorias compulsórias de magistrados tem crescido significativamente nos últimos anos, evidenciando uma resposta institucional a comportamentos inadequados. Entretanto, essa prática levanta preocupações sobre o uso de recursos públicos, uma vez que as aposentadorias, provocam custos elevados para os cofres públicos. Essa situação gera um debate crítico sobre a eficácia e a adequação da aposentadoria compulsória como sanção, considerando que, muitas vezes, os magistrados não enfrentam consequências mais rigorosas por seus atos ilícitos. O trabalho também explora o surgimento da aposentadoria compulsória no Brasil, analisando seu histórico e a legislação que a regulamenta, bem como a comparação com as punições impostas a magistrados em outros países. Esse comparativo é fundamental para entender se a aposentadoria compulsória é, de fato, uma prática aceitável e proporcional em relação às infrações cometidas. Além disso, a pesquisa examina a relação entre a aposentadoria compulsória e o princípio da proporcionalidade, questionando se essa sanção se alinha aos direitos fundamentais dos magistrados e se realmente atende ao propósito de moralização do judiciário. Por fim, o estudo conclui que a aposentadoria compulsória, embora utilizada como uma ferramenta de punição, deve ser reavaliada em sua eficácia e impactos, com a busca por alternativas que garantam a responsabilidade e a ética no exercício da função judicial. |
pt_BR |