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O presente artigo analisa como o direito ao acesso à justiça é assegurado no
contexto da digitalização e desterritorialização do Poder Judiciário, impulsionadas
pelo Programa Justiça 4.0. A pesquisa aborda a forma como a Quarta Revolução
Industrial tem transformado o cenário social e, consequentemente, a estrutura e a
prestação de serviços do Judiciário brasileiro. Tradicionais barreiras geográficas,
burocráticas, econômicas e culturais ao acesso à justiça são investigadas,
destacando-se a mitigação da competência territorial pela ubiquidade do processo
eletrônico. O estudo detalha as ações estratégicas do Programa Justiça 4.0, lançado
pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 2021, em parceria com o Programa
das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e o Conselho da Justiça
Federal (CJF). Particularmente, são explorados o Juízo 100% Digital, que permite a
tramitação totalmente virtual de processos, e os Núcleos de Justiça 4.0, unidades
jurisdicionais especializadas que ampliam a competência territorial e aprimoram a
prestação jurisdicional. A relevância do trabalho reside em demonstrar a importância
dessas ações para garantir o acesso à justiça como direito fundamental, otimizando
a eficiência, a celeridade e a economicidade do sistema. A metodologia empregada
foi descritiva, com abordagem documental e bibliográfica, utilizando métodos
observacional e indutivo. Os resultados indicam que o Programa Justiça 4.0 é um
catalisador para a modernização do Judiciário, concebendo a justiça como um
serviço público acessível de qualquer lugar, contribuindo para aproximar o sistema
de justiça dos cidadãos e simplificar seus procedimentos. |
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