Resumo:
Este trabalho objetiva analisar o processo histórico de exclusão de determinados grupos e
categorias sociais e sua posterior inclusão como cidadãos de fato, sujeitos de direitos e
deveres, com foco na experiência brasileira. Cuida-se, portanto de investigar como houve esta
transição, a partir da constatação da insuficiência do paradigma liberal e sua consequente
superação, em nome de um conceito de justiça amplo e inclusivo, pautado no reconhecimento
às diferenças para a construção de direitos fundamentais universais, e, sobretudo,
incondicionais. Buscamos, ainda, dissertar sobre o tratamento legal e constitucional ao direito
à diferença, explicitando como o novo constitucionalismo, surgido a partir de meados do
século XX, traz em seus princípios fundantes o respeito à pessoa humana e a luta pela sua
realização, comprometendo-se com um conceito universalista de cidadania, com o intuito de
romper as amarras da marginalização social e política e de efetivar a legitimação destas
categorias sociais, ressaltando as suas dificuldades e obstáculos, em face da complicada trama
de relações de poder existentes neste contexto, bem como no caráter dialético e de constante
renovação que se verifica, uma vez que a experiência social é dinâmica e fértil no surgimento
de novos grupos sociais que anseiam por espaço na vida política do Estado.
Descrição:
FARIAS, Camilo de Lélis Diniz de. Da igualdade à diferença: a crise do paradigma liberal e a incondicionalização dos direitos humanos. 24f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Direito)- Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2014.