dc.description.abstract |
Nos anos 90, o grande número de vítimas e a magnitude de suas sequelas físicas e psicológicas tornaram a violência contra a mulher pauta de propostas no campo da saúde. Objetivo: Avaliar o perfil da violência contra mulheres analisadas pelo NUMOL/CG no ano de 2012. Metodologia: Tratou-se do estudo quantitativo descritivo realizado no Núcleo de Medicina e Odontologia Legal (NUMOL) do Município de Campina Grande, Paraíba, realizado no ano de 2013. Foram pesquisados laudos de lesões corporais contra mulheres do período de janeiro a dezembro de 2012. A coleta de dados foi realizada no segundo semestre do ano de 2013 utilizando formulário elaborado pelos autores. Após a coleta, os dados foram tabulados através do software SPSS na versão 17.0. O presente estudo se encontra de acordo com a Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde do Ministério da Saúde. Resultados: A faixa etária das vítimas de 20 a 29 anos apresentou prevalência de 41,1%. Os agressores do gênero masculino (71,3%) se destacaram, sendo 33,3% conhecidos da vítima e as delegacias foram as maiores responsáveis pelas solicitações dos laudos de lesões corporais (99,3%). A forma de violência prevalente nos laudos foi a violência física (98,3%) enquanto a localização das lesões resultantes das agressões físicas em 41,7% dos casos ocorreram em dois membros do corpo em uma mesma agressão. As agressões nuas foram as predominantes (81,1%), já o horário frequentemente compreendido está entre as 18:00 e 23:59 horas (41,5%). Conclusão: O estudo permitiu estabelecer, através da análise dos laudos de lesões corporais no Núcleo de Medicina e Odontologia Legal (NUMOL) do município de Campina Grande e arredores, que as mulheres investigadas são jovens, possuem baixa escolaridade e exercem alguma atividade remunerada. Geralmente o agressor é do sexo masculino e conhecido da vítima. O instrumento mais comum é a agressão nua enquanto a forma de violência principal é a física. |
pt_BR |