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Introdução: A violência contra as mulheres não é contemporânea. Desde a década de 80, a Delegacia Especializada da Mulher se constitui como órgão importantíssimo no combate e na (re) socialização das mulheres vítimas de violência de gênero. O que reflete na atualidade no considerável número de instrumentos legais em defesa das mulheres. Objetivo: Avaliar a distribuição e os fatores associados à violência contra a mulher no município de Campina Grande-PB. Metodologia: Tratou-se de estudo quantitativo, descritivo realizado no ano de 2013 na delegacia especializada da mulher do município de Campina Grande, Paraíba. A coleta de dados foi realizada por meio de análise documental retrospectivo, no período de janeiro a dezembro de 2011. No total de 286 inquéritos policiais de mulheres vítimas de violência registradas na delegacia da Mulher. Resultados: A idade média das mulheres foi de 34,37 anos (±11,30). Com relação aos sujeitos agressores, caracterizava-se por apresentarem uma idade média de 36,32 anos (±11,16). As mulheres vítimas de violência apresentaram escolaridade compatível com o ensino médio (89,8%), possuindo relação empregatícia ou autônoma (53,9%). Os sujeitos agressores se caracterizavam por serem prevalentes do sexo masculino (95,8%), com nível escolar até o ensino médio (91,3%), empregados ou autônomos (88,8%). Os agressores, ex-companheiros ou ex-namorados da vítima (44,3%) e estavam solteiros (42,5%). Em 70,3% dos casos ocorreu mais de uma forma de violência na mesma agressão, quando analisadas separadamente, a violência psicológica prevaleceu (16,8%). Quanto à localização das lesões resultantes das agressões físicas, constatou-se que a região do corpo atingido com maior percentual foi à cabeça (34,8%). E as agressões ocorrem com mais frequência nas residências das vítimas (77,5%). Conclusão: O estudo permitiu definir por intermédio dos inquéritos policiais da delegacia da mulher de Campina Grande-PB, que as mulheres vítimas de violência pertencem, principalmente, a um grupo de indivíduos adultos, com baixa escolaridade e que exercem alguma atividade remunerada. Já os agressores se caracterizaram como do sexo masculino, adultos, com baixa escolaridade, empregados ou autônomos, pertencentes em 44,3% a categoria de ex-companheiros ou ex-namorados das vítimas, sendo a situação conjugal agressor, após violência, definida por este como solteiro. |
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