Resumo:
O presente trabalho tem como objetivo investigar o PME na visão de oficineiros, bem
como apontar seus limites e possiblidades de êxito, considerando o formato no qual
o mesmo acontece, a partir de autores como Rios (2006; 2013), Young (2007);
Libâneo (2008), Salvino e Rocha (2014), dentre outros. O Programa traz diretrizes
para a escola visando à ressignificação da educação pública e politica de ação
contra a pobreza, a exclusão, a marginalização cultural e o trabalho educativo. O
PME pretende possibilitar a expansão do processo de aprendizagem nas demais
áreas de conhecimento, oportunizando o acesso a atividades educativas e
socioculturais, aprimorando os elementos de aprendizagem que “antes separados”,
deixariam lacunas no desenvolvimento dos alunos; permitir uma melhor qualidade
nas ações e relações da escola, e alcançar melhorias na qualidade da educação nas
instituições usuárias dessa jornada ampliada. Considerando as condições de
implementação do PME, inclusive do uso de mão de obra voluntária, inquietamo-nos
quanto a seus limites e possibilidades de êxito. Para tanto, desenvolvemos uma
pesquisa qualitativa com cinco oficineiros do programa acerca da visão destes sobre
educação integral, os limites e possibilidades percebidas para melhoria do
aprendizado dos educandos. Com base nos dados obtidos, é possível dizer que o
Programa foi implementado de forma bastante frágil, pois as escolas “parceiras” não
dispõem de estrutura física compatível com o requerido para educação integral,
além de contribuir para a precarização do trabalho docente, porque possibilita a
leigos o desenvolvimento do trabalho escolar.
Descrição:
MIRANDA, W. C. O Programa Mais Educação na voz dos oficineiros de uma escola pública do município de Queimadas. 2015. 23f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Pedagogia) - Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2015.