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O presente artigo objetiva identificar casos de assaltos a instituições bancárias, na
modalidade de explosão, e seus fatores de incidência, no Estado da Paraíba, no
período de 2016 a 2019. Para tanto, a pesquisa – tipificada como descritiva e
exploratória, quanto aos fins, e bibliográfica e documental, quanto aos meios –
utilizou os métodos observacional e indutivo. As organizações criminosas agem com
modus operandi semelhante, atacando, na maioria dos casos, cidades do interior e
impondo o terror à população local. As ocorrências de crimes nessa modalidade se
dão por diferentes motivos, destacando-se a disseminação do crime organizado, a
facilidade de captação de altos valores em espécie e a fragilidade do sistema de
segurança bancário, mas também há fatores estruturais de alguns municípios
paraibano – baixo efetivo policial, falta de equipamentos e treinamentos específicos,
entre outros – que dificultam a ação policial e contribuem para a maior incidência e
regionalização dos assaltos bancários no Estado da Paraíba. Embora as forças de
segurança pública do Estado da Paraíba busquem, frequentemente, desenvolver
mecanismos de enfrentamento contra as explosões bancárias e demais crimes
violentos que envolvem essas instituições – como prova a redução da ocorrência
desse tipo de crime no Estado, notadamente no ano de 2019 –, é importante que
haja um maior investimento, por parte dos governantes, em atividades de
inteligência, treinamentos e cursos de capacitação para os órgãos que compõem a
segurança pública, em especial, os que atuam diretamente em confronto com as
organizações criminosas. As instituições bancárias, igualmente, necessitam tomar
medidas efetivas que visem a dificultar as práticas delituosas, arcando com os
custos advindos do aperfeiçoamento dos sistemas de segurança. Além disso, uma
discussão acadêmica mais aprofundada sobre o tema, pode aprimorar a tipificação
penal desses crimes. |
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