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O presente trabalho busca analisar como a teoria dos jogos afeta as partes atuantes
no processo de persecução penal, quando estas lançam mão da estratégia
conhecida como “delação premiada”. Deste modo, realizou-se um estudo sobre
delação premiada, tendo como foco a sua evolução histórica em países europeus,
notadamente Itália, Espanha e Alemanha, bem como no continente americano, nos
quais destacou-se o os Estados Unidos e o Brasil. Além disso, desenvolveu-se a
importância deste instituto processual e a necessidade de sua utilização no
ordenamento jurídico brasileiro, tendo em vista o aumento expressivo nos crimes de
colarinho branco, tráfico de drogas, dentre outros, em que a delação premiada figura
como um importante meio de obtenção de provas. Ademais, este trabalho
monográfico trouxe uma correlação entre a teoria dos jogos aplicada ao processo
penal, especificamente no que diz respeito a delação premiada. Ainda, ressalta-se
que tal estudo utilizou o método comparativo e a pesquisa bibliográfica. Por fim,
conclui-se que, no universo criminoso, a delação premiada figura como um “mal
necessário”, uma estratégia de jogo que baseia-se no equilíbrio proposto por Nash,
em que os jogadores não ganham nada a mais se alterarem unilateralmente suas
estratégias. Inclusive, salienta-se que a escolha pela celebração do acordo de
colaboração premiada segue os ditames do do devido processo legal e auxilia, de
forma ímpar, ao Poder Judiciário garantir o Estado Democrático de Direito. |
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