Resumo:
O presente artigo tem por objetivo geral promover a análise jurídica sobre o exercício
constitucional da liberdade de consciência e crença e do direito à vida sob o fundamento
garantista que afirma o uso de plantas psicoativas em detrimento à política proibicionista de
combate e “guerra às drogas”. Dentre os objetivos específicos, contextualizar as redações
normativas das Convenções Internacionais que tratam da matéria sobre drogas, analisar a
específica Lei de Drogas 11.343/2006 e a competência dos Órgãos Federais da Administração
Pública quanto ao controle e regulamentação de substâncias psicotrópicas como o
Dimethyltryptamine (DMT) encontrado na Ayahuasca, o Tetrahidrocarbidinol (THC) e o
Canabidiol encontrados na Cannabis sativa. Quanto aos fins, o estudo é desenvolvido com
base no método descritivo e fenomenológico, bem como pela pesquisa bibliográfica e
documental em relação aos meios. Em conclusão, demonstrou-se que embora o uso de plantas
psicotrópicas para fins religiosos e medicinais tenha ganhado notoriedade, observa-se que o
processo de regulamentação e legalização ainda encontra entraves diante da política
proibicionista e criminalizadora, portanto sendo cerceada a liberdade e a dignidade dos
indivíduos tanto para exercerem sua livre consciência e crença por meio do uso sacramental
da Ayahuasca, quanto ao direito de tratamento de doenças graves como Alzheimer, Parkinson,
Epilepsia e Esclerose múltipla por meio do uso de medicamentos derivados da Cannabis
sativa, obrigando assim esses pacientes a recorrerem ao processo de judicialização.
Descrição:
MEDEIROS, Alisson Paulinelle de Morais. Lei de drogas e convenções internacionais: análise sobre o uso de plantas com substâncias psicotrópicas no contexto religioso e medicinal. 2018. 37f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação de Direito) - Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2018.