Resumo:
A reforma trabalhista foi implementada no Brasil com a promessa de geração
de empregos e redução da informalidade, tendo em vista que os custos
economizados com o direito do trabalho seriam revertidos automaticamente
para investimentos que viriam a criar novos postos de trabalho. No entanto,
passado dois anos da reforma, o quadro atual não é o prometido: o
desemprego não diminuiu e a informalidade cresce a cada dia. Dados
históricos demonstram que flexibilizações de direitos trabalhistas, por si só, não
são capazes de gerar empregos e que nos últimos trinta anos no Brasil, direitos
sociais e trabalhistas nunca prejudicaram a geração daqueles. O papel
civilizatório do direito do trabalho no nosso país vive uma situação dramática,
na qual a reforma não está tendo o resultado esperado, porém, mesmo assim,
é cogitada a possibilidade de aprofundá-la e até extinguir a justiça do trabalho.
Além disso, a nova lei trouxe consigo medo para os trabalhadores que agora
deixam de procurar a justiça em situações que possuem direitos evidentes,
pelo simples fato de não acreditar que terão suas pretensões atendidas e ainda
terão que arcar com as custas do processo. O objetivo da pesquisa, portanto,
visa a esclarecer à sociedade sobre os efeitos da reforma trabalhista quanto
aos resultados obtidos, passados dois anos de sua vigência, com relação a
geração de empregos e esclarecer alguns dos motivos da mudança na
quantidade de novos processos na justiça do trabalho. Quanto à metodologia
para a realização da pesquisa, foram utilizados o método observacional e o
método hipotético dedutivo. Quanto aos meios, foi realizada uma pesquisa
bibliográfica e quanto aos fins, ela busca ser descritiva e explicativa.
Descrição:
NOGUEIRA, Danielly Patricia Morais. Os impactos da reforma trabalhista na geração de emprego e no número de processos, após dois anos de vigência. 2019. 27f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação de Direito) - Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2019.