Resumo:
O presente trabalho teve por objetivo analisar a problemática dos casais homoafetivos
femininos que optam pela autoinseminação artificial como meio de realização de seus
projetos parentais, trazendo a discussão da ausência de regulamentação normativa
no tocante à essa técnica caseira de fertilização. Almejou-se, ainda, realizar uma
análise do atual conceito de família com base na Constituição da República Federativa
do Brasil de 1988, destacando as famílias homoafetivas e seus direitos sexuais e
reprodutivos e, consequentemente, o direito ao planejamento familiar, para, assim,
demonstrar o direito de optar pela técnica da autoinseminação. Discutiu-se, ao longo
deste estudo, as técnicas de reprodução humana assistida, classificadas em
inseminação artificial e fertilização in vitro (FIV), bem como os tipos de concepção,
homólogos ou heterólogos. Para concretização deste trabalho acadêmico, realizou-se
levantamento bibliográfico através de fontes científicas, procedentes de livros e artigos
publicados em periódicos científicos nacionais e internacionais indexados nas bases
de dados, a exemplo do Scielo, assim como em legislações, revistas, sites, dentre
outros, além da análise de seis jurisprudências. Ao final, restou evidente o direito
inerente aos casais homoafetivos femininos para optarem pela técnica de reprodução
artificial que esteja de acordo com suas condições socioeconômicas. Em arremate a
esta análise, constatou-se a premente necessidade da autoinseminação ser
disciplinada normativamente, trazendo a unificação do entendimento e,
consequentemente, uma maior segurança jurídica acerca do tema.
Descrição:
JATOBÁ, A. A. A. de S. N. Autoinseminação e a omissão legislativa: insegurança e implicações jurídicas nas relações homoafetivas femininas. 2023. 56f. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização em Prática Judicante) - Universidade Estadual da Paraíba, João Pessoa, 2023.